O chamado “estilo confortável” começou a dar sinais na década de 90, com o uso de lingeries e camisolas e, hoje, a puffer jacket virou uma tendência e um “calorzinho no coração” para quem trabalha em casa – o que virou uma realidade durante a pandemia e uma opção depois dela -, ou em empresas tipo startup.
Macia e confortável como uma almofada, a puffer jacket começou a ter sua história na moda construída, pelas mãos de Eddie Bauer, um homem corajoso e explorador norte-americano, que esteve perto de perder a vida por causa de uma hipotermia, durante uma viagem de pesca, na companhia de um amigo, em pleno inverno.
Apesar de o Brasil ser um país tropical e ter a fama de ostentar altas temperaturas durante o ano, existem regiões do país onde em épocas específicas, o clima se assemelha muito ao europeu e ao inverno norte-americano retratado em filmes, com granizo, neblina, neve, termômetros próximos ao zero ou mesmo negativos, e tudo ao que se tem direito.
Os gomos separados e os enchimentos desse tipo de casaco apareceram também em xales, capas e até mesmo em calças que lembram roupas esportivas de neve, conforme pontuam especialistas do mundo da moda. Num primeiro momento, pode-se dizer que a puffer jacket foi vista com maus olhos, uma vez que produz uma estética de silhueta aumentada, o que é o oposto de marcar as curvas do corpo, como faz a maioria das peças desejadas pelas pessoas.
A roupa é um dos elementos no campo das análises que podemos colocar enquanto indicativos e reflexos do próprio comportamento e da maneira de interagir com o mundo. É consenso que quando se trata do tão falado “novo normal”, a pandemia nos trouxe muito mais que o reconhecimento da importância definitiva da internet, o empreendedorismo e a ideia de trabalhar em casa – há muito pouco tempo, discriminada – como opção.